A hora certa para desengavetar sua ideia

O empreendedorismo é a palavra da vez, mas o cenário é sempre de muita incerteza: mercados, consumidores e até competidores desconhecidos. Para transformar um impulso inovador em um negócio consolidado é preciso muito planejamento e pesquisa. De acordo com o Eric Ries, criador de um novo modelo de negócios para startups, não é sempre que um novo produto ou serviço vai despertar interesse de possíveis usuários e investidores. Além de boa e inovadora, a ideia precisa ser viável.

Mas o que divide as ideias bem-sucedidas daquelas que não saem do papel? Bill Gross, fundador da incubadora Idealab, foi atrás da resposta e descobriu que muitas vezes as ideias maravilhosas surgem no momento errado. O tempo é o principal fator, representando 42% da diferença entre sucesso e fracasso para uma startup. O segundo motivo é o time de execução e o terceiro, a ideia em si. Para chegar a essa conclusão, Gross analisou casos como a Airbnb e a Uber, que surgiram no auge da recessão, quando as pessoas procuravam por meios de obter renda extra.

A startup da Forest surge em uma era apelidada de pós-verdade. Entre vídeos de animais e links de matérias com origem duvidosa, fica difícil encontrar algum conteúdo informativo de qualidade. As notícias falsas (popularizadas como fake news) se tornaram um problema político. Enquanto isso, empresas pequenas e organizações independentes sofrem para conseguir circular seu conteúdo e serem reconhecidas por sua credibilidade.  É nesse cenário que surge o Growfeed, plataforma de distribuição de conteúdo socioambiental.

Para acompanhar as mudanças e superar as incertezas do mercado, a equipe do Growfeed cada vez mais busca formações e aproximação com outras startups. Amanda Fernandes, uma das fundadoras da plataforma, explica que o Growfeed está concluindo um ciclo de validações e novos investimentos são estratégicos. Os feedbacks dos primeiros clientes, organizações socioambientais inovadoras, podem se transformar em melhorias tecnológicas, novos desenhos de negócio e melhor posicionamento da marca.

Atualmente o Growfeed é visto como uma grande rede digital de ONGs. Mas, longe da pretensão de se tornar um novo Facebook ou Twitter, a plataforma surge justamente para oferecer aquilo que esses aplicativos e seus semelhantes não conseguem proporcionar ao público: um espaço de diversidade e qualidade das informações. Afinal, essas instituições produzem pesquisas e trabalham com cidadãos que estão na ponta da mobilização, onde o conhecimento é gerado. Com todo mundo em uma mesma rede, operando como uma agência coletiva, o alcance de cada conteúdo estimula o sucesso geral.

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