A marca sai do papel

Como em um palco de teatro, os propósitos da Forest se descortinam para equipe e clientes assim que atravessam a porta de entrada

Às 15h30, o odor do café invade a agência. Quase se vê as ondas carregando o cheiro pelo ar, invadindo os corpos e animando o trabalho da tarde. Para os que preferem uma opção mais saudável, há sempre algumas flores e ervas para o chá. Um dos favoritos é o de hibisco. O vermelho encarnado da bebida contrasta com as paredes verdes. A folhagem estampada nas colunas é uma clara associação à marca da Forest.

Como entrar na agência e não ter uma experiência íntima com os conceitos por trás da marca e da empresa? Não é simplesmente estar no local, mas vivenciar a Forest por inteiro: visão, olfato, audição, tato e, em ocasiões especiais, até o paladar. Se você é cliente, parceiro ou fornecedor, pode marcar uma visita que providenciaremos o pão-de-queijo quentinho.

De uma forma bem intuitiva, estamos falando do marketing sensorial. Segundo Aléssio Bessa Sarquis (líder do grupo de pesquisa Estratégias para Inovação da Universidade do Sul de Santa Catarina) e outros autores da área, o marketing sensorial se fundamenta em estímulos para criar uma identidade para a organização e seus propósitos, a partir de experiências marcantes. Desde a década de 1990, a abordagem procurou estimular a relação subjetiva e emocional com as marcas.

Os pesquisadores relataram experiências realizadas com consumidores para verificar como os sentidos alteram a sua percepção. O toque agrega confiança na avaliação do produto. O olfato resgata a memória e os sentimentos. A audição influencia no humor e a visão no julgamento estético.

As bikes são paixão e mobilidade (Foto: Thiago Foresti)

Os conhecimentos (apelo cognitivo) associados às emoções (despertadas pelos sentidos) conseguem gerar aprendizagem e atitudes naqueles envolvidos com a marca. As bicicletas penduradas na parede da agência não são apenas um item decorativo para despertar paixões, mas uma alternativa de mobilidade urbana e um compromisso com um deslocamento mais sustentável pela cidade. A ênfase no uso de papéis de rascunho para impressão também mostra a disposição em adotar hábitos com menor impacto para o ambiente. E o burburinho das conversas da equipe revela projetos paralelos: da arte de rua com questionamentos sociais até as receitas de cosméticos caseiros.

Aos pouquinhos, o visitante descobre os segredos guardados embaixo das mesas, nas prateleiras e nos nichos, e, especialmente, nas paredes. Uma câmera GoPro, por exemplo, salta entre a folhagem pintada nas colunas que sustentam o teto. Para adicionar a curiosidade aos cinco sentidos instigados pelo escritório da Forest, lançamos aqui um desafio! Na próxima visita, encontre a serpente que tranquilamente se enrosca em um galho de árvore, observando a equipe trabalhando em produtos de comunicação socioambiental.