Como surgem as ideias

A ordem é uma aliada da inspiração

Porém não é aconselhável depender apenas do brilhantismo do inconsciente: ele pode ser bem instável. A artista plástica e professora Fayga Ostrower defendia que a criatividade só se tornava possível com a atuação do consciente. Ele reconhece as referências culturais e sociais, ordenando os elementos e buscando uma intencionalidade – como, por exemplo, a mensagem a ser transmitida.

Apesar da visão preconceituosa de que o trabalho não é criativo, Fayga argumentava que a criatividade apenas poderia se realizar com o trabalho, que configura a matéria. Na Forest, a sistematização de um fluxograma e de um modelo de contrabriefing foi a maneira encontrada para ordenar o trabalho e estimular a criatividade – evitando a síndrome da página vazia.

Trecho do modelo de contrabriefing utilizado pela agência (Imagem: Forest)

A reunião de briefing acontece quando a agência se encontra com o cliente para entender as necessidades de comunicação. Esta fase pode ser compreendida como um impulso. Segundo a doutora em comunicação Roseméri Laurindo e o publicitário Jean Carlos D´Ávila, o impulso conduz à investigação e à coleta de dados, que permitem a busca por uma solução criativa para o cliente.

A Forest enxerga o cliente como um parceiro cuja a contribuição é essencial para a produção de conteúdo. Para garantir a transparência e a eficiência do processo, todas as informações compartilhadas são registradas no contrabriefing. O documento apresenta o problema de comunicação, os cuidados com a linguagem e as referências culturais. Os passos seguintes e o cronograma são estabelecidos para cada projeto. Com ordem e inspiração, as ideias encontram a suas estrada dos tijolos amarelos e seguem em busca da melhor solução criativa.